"Ruptura" | Espectáculo de abertura do Invocação 31ª Fazer a Festa - Festival Internacional de Teatro, uma iniciativa Teatro Art?Imagem pela Companhoa Ocamorana, de São Paulo Brasil
A Revolução dos Cravos, movimento que derrubou a ditadura salazarista em Portugal na década de 1970 e instaurou a democracia no país, é retratada na montagem brasileira com o apoio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e leva aos palcos um dos mais importantes momentos da história recente portuguesa, que permanece praticamente desconhecido do público brasileiro.
Dirigida por Márcio Boaro e com dramaturgia assinada por este, a encenação prima pelo teatro épico e documental, fortemente influenciada pelo dramaturgo alemão Peter Weiss, ao qual faz referências com excertos de cenas do texto O Canto do Fantoche Lusitano, ainda inédito no Brasil, e recria toda a efervescência política e cultural daquele momento.
A companhia Ocamorana levará aos palcos um retrato fiel dos dias que antecederam o processo democrático em Portugal; das guerras coloniais na África; das angústias dos soldados do exército português, que levaram a cabo a revolução; do cotidiano de pessoas comuns, que após 30 anos de ditadura tiveram de aprender a lidar com a liberdade; e da reinvenção de uma nação que teve de pavimentar os caminhos da democracia. O espetáculo retrata, ainda, o que esse período tem em comum com os meses que antecederam as Diretas Já! no Brasil, exatamente dez anos após.
Em tempos em que a força popular toma as ruas pela liberdade em nível cada vez maior, partindo dos países árabes, passando pela Europa e chegando aos Estados Unidos e América Latina, o espetáculo da companhia Ocamorana traz à cena uma profunda reflexão sobre o quanto um processo revolucionário pode mudar concretamente a vida das pessoas, suas relações e abrir perspectivas de liberdade e de emancipação.
Sobre a Cia Ocamorana
A Cia Ocamorana estreou no teatro paulistano em 1999, encenando o clássico
americano A Máquina de Somar, de Elmer Rice, com tradução de Iná Camargo Costa e Márcio Boaro. Atenta às transformações históricas e sociais, a companhia foca sua pesquisa no teatro épico e, nos últimos anos, tem aprofundado seus estudos em teatro documental. Colocou em cartaz os espetáculos As Aventuras e Desventuras de Maria Malazartes durante a Construção da Grande Pirâmide, de Chico de Assis; e A Guerra dos Caloteiros, de Márcio Boaro e Iná Camargo Costa. Em 2010, a companhia foi contemplada pela 16ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo para a pesquisa sobre o processo da Revolução dos Cravos, que culminou no espetáculo Ruptura ? Um Processo Revolucionário. No fim de 2011 é contemplado pela última edição da lei, em sua 19ª edição, para dar continuidade em suas pesquisas em teatro documental.
Ficha Técnica
RUPTURA ? Um Processo Revolucionário
Texto e Direção: Márcio Boaro
Dramaturgista: Iná Camargo Costa
Elenco:
Alexandre Krug, Manuel Boucinhas, Mônica Raphael, Nica Maria, Sérgio Audi.
Direção musical: Bruno Boaro e Mariana Paudarco.
Composiçôes: Marcus Vinicius, Bruno Boaro e Mariana Paudarco.
Violinista convidado:Bernabé Romero.
Cenografia: Antonio Marciano
Figurinos: Usina da Alegria Planetária
Concepção de iluminação: Sérgio Audi
Designer Gráfico: Toni D?Agostinho
Produção: Penha Silva.
Local:
Data de início:
24 de Abril de 2012
Data do fim:
24 de Abril de 2012
Ficha técnica:
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